Os alunos dos 8º anos irão produzir um teatro e os alunos dos 9º anos uma animação.
Mas como produzir ? Há um modelo que podemos seguir???
Agora vamos aprender um pouco mais sobre este assunto para então desenvolvermos os roteiros dos nosso trabalhos.Confira!!!
1.Escrevendo uma peça teatral
Objetivos da atividade:
a) Exercitar a escrita teatral;
b) Compreender a importância do roteiro;
c) Perceber limites de tempo;
d) Escrever uma peça curta;
e) Desenvolver um tema dentro dos princípios da Carta da Terra;
2.Escrevendo uma animação
2.1.Objetivos da atividade:
a) Desenvolver a escrita de um roteiro;
b) Compreender o formato de roteiro em sequencia;
c) Integrar as aulas de Língua Portuguesa às novas tecnologias digitais em aulas de produção de textos.
d) Exercitar a escrita descritiva;
e) Compreender a importância do roteiro;
f) Perceber limites de tempo;
g) Registrar através de storyline;
h) Desenvolver um tema dentro dos princípios da Carta da Terra;
2.2. Materiais e Equipamentos:
a) Câmeras fotográficas digitais ou outros meios de captação de imagem (web cam,celulares);
b) Mini-tripé para câmera (recomendado);
c) Computadores com entrada para a câmera ou outros meios de captação de imagem (em geral, portas USB)
d) -Software de animação;
e) Massa de modelar, palitos de sorvete e palitos de dente e diversos materiais para fazer o cenário.
2.3.Software:
Storyboard:
http://www.giantscreamingrobotmonkeys.com/monkeyjam/download.html
http://www.escreverescrever.com/verCurso.php?id_curso=38
3. Considerações Gerais sobre o Roteiro:
A palavra ROTEIRO vem de “rota”. Necessitamos traçar este roteiro que deve ter início,meio e fim.
3.1. Mídias e Veículos:
Para determinar o formato do audiovisual e do roteiro, é preciso definir para qual mídia ou veículo o projeto se destina: Teatro, Cinema, Televisão, Vídeo, CD ROM, DVD, Internet, Eventos, etc.
3.2. Teatro ou Animação:
Para escrever roteiros para qualquer mídia é preciso conhecer os fundamentos do Teatro que é o pai das artes cênicas. Há três aspectos fundamentais na arte do Teatro:
Conflito - Não há ação dramática sem conflito, mesmo que seja a total ausência de conflitos.
Sonoridade – A força de uma narrativa dramática está na sonoridade do texto expressa nas falas, nos diálogos, na locução, etc.
Estética - As imagens precisam ser criadas e visualizadas através de um conceito estético que harmonize formas, cores e movimentos, causando impacto visual no espectador.
3.3. Tipo de Linguagem:
O Teatro é a arte do Diálogo.
A Animação é a linguagem da imagem
3.4. Formatos do Roteiro:
O modelo e a diagramação do roteiro variam conforme a mídia a que ele se destina. Existem padrões para cada tipo de roteiro.
Cada mídia exige informações preliminares adequadas à sua linguagem:
No Teatro – Época, Local, Cenário, Personagens, Observações. Eventualmente pode-se incluir a Story Line e a Sinopse da peça.
Na Animação - Época, Local, Locações, Personagens (principais, secundários, periféricos, extras e figurantes), Apresentador, Locutor ou Narrador. Pode-se incluir observações sobre a Trilha Sonora, Iluminação, dados referentes à produção, a story line e a sinopse do filme.
3.5. Ferramentas do Roteiro:
Teatro - O roteiro de teatro é composto por Diálogos, que são as falas das personagens, ao vivo ou em off e por Rubricas [vide tópico 13] que descrevem o que acontece em cena e os estados emocionais das personagens. Há ainda as indicações de sons, efeitos, trilha sonora, e efeitos de iluminação, que podem ocorrer em ocasiões específicas.
Animação - O roteiro de Animação é formado pela descrição das Imagens, ou seja, tudo aquilo que se vê na tela, inclusive letreiros; e Áudio, tudo aquilo que se ouve no filme, as falas das personagens, apresentador ou locutor, caso necessite, efeitos de som e trilha.Em uma animação curta não há necessidade de diálogo ou narrador. E escolha dos sons e músicas são fundamentais para um bom trabalho final.
3.6. Divisão do Roteiro:
Toda a ação dramática se divide em Cenas, no entanto um roteiro não precisa ser dividido cena a cena.
O roteiro para teatro é dividido em:
Os Atos se constituem de uma série de cenas interligadas por uma subdivisão temática.
As cenas se dividem conforme as alterações no número de personagens em ação: quando entra ou sai do palco um ator.
No teatro, as cenas mudam com a entrada e saída de personagens.
O roteiro de animação é dividido em:
Em cinema e televisão, a forma mais usada para dividir as sequências de imagens é a mudança de ambientação, ou seja, muda a locação da filmagem, muda a cena.
3.7. Formato do Audiovisual:
O programa pode ser Ficcional ou Não-Ficcional e os formatos variam de acordo com a mídia a que se destina o projeto.
3.8. Gêneros do Roteiro:
Além de do formato (Ficcional ou Não-Ficcional ) o roteiro pode ser classificado quanto ao gênero:
Aventura - Western, Ação, Mistério, Policial, Guerra, Musical.
Comédia - Romântica, Musical, Infanto-Juvenil.
Crime - Psicológico, Ação, Social, Policial.
Suspense – Terror, Mistério.
Romance – Amor, Melodrama.
Drama - Romântico, Biográfico, Social, Musical, Comédia, Ação, Religioso, Psicológico, Histórico.
Ficção Científica – Futurista, Imaginário.
Outros – Tragédia, Farsa, Animação, Histórico, Séries, Mudo, Erótico, Documentário, Semidocumentário, Infanto-Juvenil, Educativo, Eventos, Empresarial ; etc
3.9. Localização no Tempo e no Espaço:
Logo no início do roteiro deve-se definir onde e quando a ação transcorre.
Época - Localizar a história no Tempo – Quando.
Local - Localizar a história no Espaço – Onde.
3.10. Perfil das Personagens:
A personagem é um ser humano imaginário. Para compor personalidades consistentes, vivas e interessantes é preciso refletir sobre seu caráter e formação. O autor pode valer-se de suas próprias vivências e lembranças, e pesquisar sobre os dados atribuídos à personagem. Uma ferramenta para dar corpo a elas é elaborar uma ficha contendo alguns dados como: Sexo, Tipo físico, Idade, Nacionalidade, Quando e Onde vive ou viveu, Classe Social, Raça, Saúde, Escolaridade e nível cultural, Profissão, Família, Hobbies, Hábitos, Fatos do Passado, Relacionamentos afetivos, Sexualidade, Religião, Filosofia e ideologia política, Situação financeira e patrimônio, Aspectos psicológicos, Vícios e desvios de conduta, etc.
3.11. Estrutura Clássica:
Embora existam diversas variáveis, a Estrutura clássica de fragmentação de um roteiro é conhecida como Ternário:
Preparação – Surge o conflito
Desenvolvimento – Crise
Desenlace – Resolução
3.12. Rubricas e Indicações:
As Rubricas e Indicações podem aparecer na área destinada ao áudio e entre as Imagens também. Elas devem ser claras, diretas e objetivas para que todos os profissionais da equipe de produção possam entender aquilo que o autor quer dizer. E devem ser criativas também, para que o diretor e os atores captem o clima e a densidade da ação. Há dois tipos de Rubrica:
Rubricas de Ação - descrevem o que acontece em cena.
Rubricas de Tonalidade - descrevem os estados emocionais das personagens e o tom dos diálogos e falas.
As rubricas devem ser usadas com parcimônia ( moderação) com o objetivo exclusivo de descrever, de forma sucinta, o que acontece em cena e em que tom as personagens expressam suas falas. Ao exagerar no uso de indicações, o roteirista estará invadindo o espaço criativo do diretor e do elenco.
13. Movimentos de Câmera:
Para escrever para Cinema, Televisão e Vídeo, o roteirista deve conhecer os Planos de Filmagem e os Movimentos de Câmera, mas não cabe a ele definir os planos de cada cena. No primeiro roteiro ou roteiro literário, alguns movimentos poderão ser sugeridos ou descritos nas cenas-chave da ação ou para dar idéia do clima de uma seqüência. Mas caberá ao diretor e à equipe de produção, definir cada Movimento de Câmera no Roteiro Final ou Roteiro Técnico. Ao se exceder na descrição dos planos de cada seqüência, o roteirista estará invadindo o campo de ação do diretor e da equipe de produção.
http://www.webwritersbrasil.com.br/detalhe.asp?numero=189
4.Seis Passos para o Roteiro
4.1.Primeiro Passo: Desenvolver uma Idéia
Todo roteiro – assim como toda obra literária e toda obra de arte – começa sempre a partir de uma Idéia. Idéias valem ouro! A criatividade pode ser alimentada pela observação e interpretação da realidade, muita leitura, pesquisa, vivências do autor, brainstorms com amigos e parceiros, etc. O importante é que cada um desenvolva seu próprio processo criativo, como por exemplo, métodos de relaxamento ou rituais simples para instigar a imaginação e despertar a intuição. No entanto, a transpiração é tão importante quanto a inspiração.
Segundo o dramaturgo Doc Comparato "Escrever um roteiro é como se tivéssemos uma câmera atrás do olho e ainda mais, pois a câmera tem maior acuidade visual do que o olho e isso a aproxima da imaginação".
4.2. Segundo Passo: Determinar uma Story Line
Definir o Conflito (O que). Traduzir a Idéia em um Conflito essencial e condensar este Conflito em palavras. O Conflito é a matéria prima da dramaturgia e pode confrontar diversas forças. Por exemplo: O ser humano contra outros seres humanos, o ser humano contra as forças da natureza, o ser humano contra ele mesmo, etc. Todo o bom roteiro tem um conflito essencial e pode ser resumido em uma única frase.
4.3.Terceiro Passo: Criar uma Sinopse (ou Argumento)
Definir as Personagens (Quem). Determinar quem viverá o Conflito básico e definir o Perfil das Personagens. Uma ferramenta interessante para a criação de personagens consistentes é criar uma ficha, contendo informações diversas sobre cada uma delas, como por exemplo, seus dados, seus hábitos e costumes, religião, situação financeira, dados biográficos, perfil psicológico, crenças religiosas, filosóficas, etc. Além das personagens, a Sinopse deve definir a localização da ação, em que época ela acontece e descrever o decurso da Ação Dramática, a estrutura da ação, descrita no próximo passo.
4.4.Quarto Passo: Elaborar uma Estrutura (ou Escaleta)
Organizar uma Ação Dramática (Como) definindo de que maneira as personagens viverão o Conflito, ou seja, de que forma a história será contada. Para isso é importante definir o Plot da ação, ou seja, a parte central da Ação Dramática, a espinha dorsal do roteiro. A Estrutura é a divisão da Sinopse em partes e a forma, ou seja, como a trama vai evoluir até o desfecho. Uma estrutura clássica é conhecida como Ternário (divide-se em três partes). Na Estrutura é preciso definir também o Formato do audiovisual. Para tanto, o primeiro passo é determinar a mídia ou o veículo para o qual se destina o roteiro e depois, fixar o Formato de acordo com a mídia alvo.
4.5. Quinto Passo: Elaborar o Pré-Roteiro (ou Roteiro Literário)
Incluir os Diálogos (falas ou locução) que são o fator determinante do Tempo Dramático das cenas ou seqüências. Definir as palavras que serão usadas pelas personagens que viverão o Conflito. As Rubricas (ou indicações) devem acompanhar as falas descrevendo o estado de ânimo ou atitudes das personagens para orientar o diretor e os atores com relação ao clima de cada fala e de cada cena. Os principais aspectos para a criação dos diálogos são a coerência e o conteúdo das falas, e a maneira como se fala. No pré-roteiro, a narrativa, que até aqui é vista como um todo, será dividida em cenas, ou seqüências. Cada cena deve estar integrada ao todo e o desenrolar das cenas deve ter um Ritmo que resulte num tempo ideal. A harmonia do Ritmo determinará a harmonia do conjunto da obra. O Pré-roteiro é também a fase de fazer Leituras Dramáticas do texto, fazer revisões, ouvir feedbacks, refletir sobre o texto e reescrever as cenas e seqüências quantas vezes isso for preciso.
4.6.Sexto Passo: Participar do Roteiro Final (ou Roteiro Técnico)
Manejar as cenas e criar uma Unidade Dramática para o audiovisual. O roteiro final é um trabalho de equipe que requer a interação do roteirista com o diretor, a equipe de produção e até com o elenco. É hora de corrigir imperfeições e trabalhar as imagens mais a fundo, incluindo os Movimentos de Câmera e Planos de Filmagem. Aqui também serão incluídos a Iluminação, a Trilha Sonora, o Elenco e outros detalhes de produção. Ao final deste trabalho o roteiro deve estar pronto para ser gravado. Doc Comparato acredita que "Compete ao diretor e à sua equipe, converter o roteiro literário em roteiro técnico... Elaborar o roteiro final significa converter o Primeiro Roteiro – um texto – em uma ferramenta de trabalho que será entregue à equipe de produção para ser traduzida em imagens e sons".
Fontes:
- Doc Comparato - "Da Criação ao Roteiro" – Editora Rocco – 486 págs. – 1995
- Murilo Dias César – "Curso de roteiro - Teatro, televisão e cinema" – 2000
- Walter Webb – "Cinema Total – Roteiro, direção e produção" – 2002
http://www.webwritersbrasil.com.br/detalhe.asp?numero=188
6. Modelo de roteiro de peça teatral:
Teatro Infanto-Juvenil
Sinopse: http://recantodasletras.uol.com.br/roteirosdeteatro/942984
Fonte: http://recantodasletras.uol.com.br/roteirosdeteatro/942984 Acesso em:28/03/2010
7. Modelo de roteiro de Cinema:
Fonte: http://recantodasletras.uol.com.br/roteirosdecinema/221252 Acesso em:28/03/2010
Modelo de storyboard: http://blog.ericksouza.com/8/
8. Modelo de teatro de marionetes:
9. Modelos de animações:
http://www.youtube.com/watch?v=wHUvjnD2Jp4&feature=SeriesPlayList&p=4CF1524B28F8F557
10.Como fazer uma animação:
http://iguinho.ig.com.br/livro-desenho-animado.html
11.Trabalho em equipe:
Sugestão de roteiro de trabalho
– Nome do projeto
– Tema tratado
– Nome dos participantes
– Tempo necessário para a produção
– Material necessário para a elaboração da seqüência de imagem
– Elaboração de Storyboard – quadro a quadro das cenas, imagens, desenhos
– Local onde será fotografada a seqüência de imagem
– Seqüência da animação
– Quem se responsabiliza por
– Sinopse da história
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